Cineleitura de J a Z
IntertextualidadeNeste artigo, escrito pela professora Maria Christina de Motta Maia, da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ – o usuário poderá ter um contato, mais aprofundado, com a questão da intertextualidade, presente em textos das mais diversas áreas, inclusive na área cinematográfica.
Quem nunca se deparou com uma cena, em um filme, em que uma das personagens diz alguma frase, pensamento ou ideia, que se tem a impressão de já se ter ouvido antes? E que, a partir do lançamento dessa frase, o espectador precisa fazer algumas relações, de sua própria bagagem como leitor, para decodificar a mensagem?
“Considerada por alguns autores como uma das condições para a existência de um texto, a intertextualidade se destaca por relacionar ‘um texto concreto com a memória textual coletiva, a memória de um grupo ou de um indivíduo específico’".(Mira Mateus et alii, 1983)
Janela do mundo
Este artigo, encontrado no site do SESC São Paulo, e publicado na Revista E, discute um pouco mais a respeito da maravilhosa e profícua parceria entre Cinema e Educação, tentando mostrar ao educador o potencial que o cinema traz para que temas gerais e específicos sejam trabalhdos em sala de aula, com os alunos.
No final do artigo, mas fazendo parte dele, encontram-se algumas sugestões temáticas, amplas, bem como títulos de filmes com os quais o educador poderá trabalhá-las.
Leia até o fim. Vale a pena!
Jauss e Iser: efeitos estéticos provocados pela leitura de Conversa de Bois e Campo Geral, de João Guimarães Rosa
Partindo da premissa de que a práxis da leitura literária é uma inesgotável fonte de pesquisa, este estudo tem como fator norteador o exercício de leitura analítico interpretativa, do conto Conversa de Boi s e da novela Campo Geral/Miguilim – publicados respectivamente em 1946 e 1956 –, de João Guimarães Rosa, aliado às teorias da recepção de Hans Robert Jauss (1979) e Wolfgang Iser (1979). Tal análise objetiva, especialmente, a leitura da temática infância presentes nos referidos textos rosianos.
Kubrick: perfeccionista do imperfeito
Neste artigo, escrito por Cid Santos Jr.; o leitor se fartará com a análise de alguns dos maiores filmes do cineasta, feita a partir de suas influências artísticas, dissecando a temática recorrente utilizada por ele.
Obras-primas como "Glória feita de sangue", "Dr. Fantástico", "2001: uma odisséia no espaço", "Laranja mecânica" e "O iluminado" ganham novo fôlego quando observadas por essa ótica.
Vale a pena ler do começo ao fim!
Lições de quem faz as melhores animações do mundo
Assisti recentemente e recomendo a todos, não apenas às pessoas que curtem cinema ou especificamente as animações, o ótimo documentário "The Pixar Story". Através desta produção, ficamos sabendo como foi a trajetória de uma das mais celebradas e respeitadas empresas que atuam no ramo de entretenimento no mundo de hoje. Algumas lições, no entanto, me pareceram tão fortes e poderosas que mereciam destaque.
Linguagem Audiovisual - Um pequeno Glossário de termos para Produção Audiovisual
Morfologia, Sintaxe, Estilística e Dramaturgia.
Por Fábio Durand.
M., o Vampiro de Dusseldorf - Uma sinfonia de ruídos e silêncio
Alemanha, 1931. M., O vampiro de Düsseldorf, o primeiro filme falado do diretor austríaco Fritz Lang, teve possivelmente como argumento um fato real. A idéia surgiu quando o diretor tomou conhecimento sobre um assassino de crianças, Peter Kürten, que por volta de 1925 cometeu 10 crimes na cidade de Düsseldorf. Inicialmente, à película foi dado o nome "Os assassinos estão entre nós", mas, como o ultra-conservador Marechal Hindermburg estava no poder, julgou desonra para a Alemanha "poderosa", conservar o título. O filme reflete, claramente, o clima de terror que predominava na Alemanha, na época da ascensão do nazismo. No período, o cinema alemão entrava em decadência, já notada nos últimos anos do cinema silencioso. Entretanto, alguns filmes como o Anjo azul, A ópera dos três vinténs, Senhoritas de uniforme e M., o vampiro de Dusseldorf são exceções.
Mário de Andrade: Mais que um turista aprendiz, um político cultural
Mário de Andrade é conhecido tanto como um escritor renomado quanto como um articulador cultural, tendo em vista que atuou de forma decisiva no movimento modernista brasileiro, em especial na consolidação deste, em fevereiro de 1922, com a Semana de Arte Moderna. Mário de Andrade também atuou em prol da democratização da cultura, realizando pesquisas sociológicas e etnográficas sobre a cultura popular que resultaram, inclusive, na publicação do livro O Turista Aprendiz. Portanto, pelo trabalho como artista e em prol da organização de meios para o conhecimento e a difusão da cultura popular genuinamente brasileira, neste texto argumenta-se que Mário de Andrade teria sido um Político Cultural.
Macunaíma: um herói sem causa
Esse trabalho tem como objetivo analisar o filme "Macunaíma", de Joaquim Pedro de Andrade, no sentido de perceber como o personagem / herói desenvolve a sua trajetória e quais são os possíveis significados simbólicos contidos nesse percurso e perceber como a questão do negro é colocada ao longo do filme.
Escrito por Sarah Yakhni.
Meus alunos não gostam de filmes... o que devo fazer?
Muitos professores não sabem como argumentar quando alguns de seus alunos dizem não gostar de filmes. Realmente, como inverter essa situação?
Na visão do professor João Luís de Almeida Machado, editor do Planeta Educação, é de fundamental importância, "A responsabilidade de criar elos entre o estudante e a cultura, a de estimular o estudo a partir do uso de bases como a literatura, o cinema, a arte e todas as demais formas de expressão cultural, interpretação do conhecimento ou leitura da realidade configuradas pela humanidade".
Como você faria?
Mudanças profundas e urgentes na educação
Este artigo, escrito por José Manuel Moran, especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância, nos faz refletir, de modo mais profundo e consistente, sobre o futuro da educação e de sua relação com as tecnologias disponibilizadas:
"A Internet, as redes, o celular, a multimídia estão revolucionando nossa vida no cotidiano. Cada vez resolvemos mais problemas de múltiplas formas, presencial e virtualmente. Na educação, porém, continuamos indo ao mesmo local, no mesmo horário, para desenvolver as mesmas atividades. Sempre achamos justificativas para deixar tudo como está ou para fazer pequenas mudanças cosméticas e periféricas".
"(...) As tecnologias são só apoio, meios. Mas elas nos permitem realizar atividades de aprendizagem de formas muito diferentes às convencionais. Podemos aprender estando juntos fisicamente e também longe, conectados. Podemos aprender sozinhos e em grupos, podemos aprender no mesmo tempo e ritmo ou em tempos e ritmos diferentes (...)".
Fonte: http://www.eca.usp.br/prof/moran/profundas.htm
No Estado do Paraná, o Governo está investindo pesado em tecnologia na educação, com o objetivo de proporcionar aos educadores meios mais eficazes de desenvolver o trabalho pedagógico e, aos alunos, formas mais instigantes de aprendizagem. Aproveitem!
Munique, de Spielberg: um diagnóstico entre a ficção e a realidade
O presente trabalho tem o objetivo de verificar os pontos de vista que a crítica brasileira especializada exprimiu sobre o filme Munique, de Steven Spielberg. A partir de uma obra de ficção baseada em fatos reais, são construídos textos sobre a ficção e sobre a realidade, oferecendo um diagnóstico do filme e da sociedade.
Música e cinema
Filipe Salles, Mestre em Comunicação e Semiótica, fotógrafo, cineasta e músico, nos apresenta a relação entre a Música e o Cinema desde os primórdios da Sétima Arte. O autor nos presenteia com uma visão interessante: como a música se desenvolveu e de que pressupostos partiu para chegar ao advento da trilha sonora, elemento primordial para incrementar a narrativa cinematográfica.
Novas Tecnologias: Interlocuções no âmbito das relações humanas, da Comunicação e da Educação
NOMA, Amélia Kimiko; PETRINI, Paulo
O presente trabalho tem por objetivo realizar um breve mapeamento de análises e reflexões sobre a Internet, mais especificamente, no sentido de como tem sido abordadas os seus vínculos com as esferas culturais, comunitárias, educacionais e relações sociais inter-pessoais, a partir da análise do ponto de vista dos principais sociólogos, filósofos e educadores que têm focalizado tal problemática. Considera-se que se trata de questão relevante tendo em vista que o aparecimento desse fenômeno como meio de comunicação e suporte de uma nova forma de cultura tem dividido opiniões de importantes pensadores do meio científico e acadêmico.
Novo cinema argentino Popular
Artigo que traz um panorama do recente cinema argentino, uma nova geração de cineastas que estão inovando na forma de fazer cinema.
Os novos autores relutam em aceitar uma rotulação para seus filmes mas, pelo que se percebe nas telas brasileiras e nas premiações de muitas dessas películas mundo afora, estamos diante de uma nova tendência do cinema latino, que muda a sua cara:
“Por mais desafiadora e arriscada que seja a tentativa de aglutinar estéticas numa única tendência proeminente, a verdade é que a nova safra de filmes argentinos tem chamado a atenção da crítica e do público, no que é possível conferir nas telas brasileiras. Seja pelo estranhamento diante das imagens asfixiantes de "O Pântano", pela economia narrativa dos filmes de Lisandro Alonso, ou pela interpretação autêntica de atores amadores em "Família Rodante"’. (Fonte: http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/2507,1.shl)
Texto que serve como contribuição teórica para o professor que tenha por objetivo conhecer mais a respeito do cinema argentino e dessa nova geração de cineastas, dentre eles: Pablo Tropero (Mundo Grua), Lucrecia Martel (La Niña Santa) e Martín Rejtman (Silvia Prieto).
O Audiovisual e a Inclusão Social
O cinema sempre foi conhecido como a arte da imagem e do som, mas esse conceito vem mudando gradativamente com uma nova consciência coletiva de inclusão social. Os realizadores e exibidores, nunca tiveram a preocupação de dar acesso, em suas obras audiovisuais, para portadores de necessidades especiais.
Por Alex Moletta.
O Celular Como Ferramenta Tecnológica: produção audiovisual no ensino à distância telessala
O presente trabalho teve como objetivo discutir a importância do uso do celular como ferramenta tecnológica e educacional na produção audiovisual no ensino á distância telessala. Como metodologia foi utilizada um estudo quali-quantitativo, requer a utilização de um estudo mais próximo da realidade do sujeito. Outro instrumento de pesquisa utilizado foi o cinema documentário, como fonte de pesquisa e ensino das ciências humanas e sociais. Esse gênero cinematográfico pode, também, significar para realizadores, estudiosos e espectadores uma prova da "verdade", uma vez que trabalha diretamente com imagens extraídas da realidade. É comum se imaginar o filme documentário como a expressão legítima do real ou se crer que ele está mais próximo da verdade e da realidade do que os filmes de ficção. A ferramenta utilizada para filmagem e criação dos recursos audiovisuais foi um celular. A problemática a ser discutida é como o celular pode ajudar pedagogicamente na criação dentro da sala de aula de recursos audiovisuais?
O Cinema Como Instrumento na Alfabetização Audiovisual de Crianças
Meu Trabalho de Conclusão de Curso, para Licenciatura Plena em Educação Artística (desenvolvido na Universidade Santa Cecília - UNISANTA, sob orientação da prof. Dra.Ana Kalassa El Banat) propôs-se a estudar, dentro da arte-educação, a contribuição do Cinema (linguagem cinematográfica) na alfabetização audiovisual de crianças, com faixa etária entre 7 a 10 anos.
O Cinema Educativo através dos discursos de Mussolini e Vargas
Logo após a Primeira Guerra Mundial, o mundo viu emergir uma série de governos de caráter fascista, que, envoltos em uma áurea nacionalista, prometiam livrar seus países da crise econômica, retomando a grandeza histórica do passado nacional. Para tal, fazia-se necessário conquistar as massas inserindo-as na nova ideologia. Neste contexto, o cinema apareceu como uma tecnologia vantajosa no processo de introjeção dos valores eleitos como nacionais e na conquista das massas. Levando em conta a importância destinada ao cinema como veículo ideológico pelo Estado Novo e pelo fascismo, este artigo discute o papel do cinema educativo a partir do ponto de vista de Mussolini e Vargas.
O cinema imitando a vida e vice-versa
Este artigo trata de um tema bastante delicado nas nossas escolas e na sociedade como um todo, e que deve ser compreendido por nossos alunos: o homossexualismo.
Escrito pela Dra. Luciana Amaral, com base no filme “O segredo de Brockeback Mountain”, de 2005, dirigido por Ang Lee, este texto opta por passar algumas informações a respeito dessa opção sexual feita por muitas pessoas, homens e mulheres, e que é vista com grande preconceito em nossa civilização.
O cinema na aula de língua estrangeira: uma proposta didático-pedagógica para o ensino-aprendizagem
STEFANI, Viviane Cristina Garcia de
A nova configuração da sociedade pós-moderna tem exigido mudanças no âmbito de ensino. Vivemos em uma era em que a escola já não é considerada o principal local onde ocorre a aprendizagem, e o conhecimento é adquirido por meio da interação e do pertencimento às diversas redes sociais (FAIRCLOUGH, 2001) – fato que nos leva a refletir sobre novas maneiras de construir e lidar com o conhecimento. É preciso que o ambiente da sala de aula traduza as transformações da sociedade, de forma que possa configurar-se, efetivamente, como comunidade de prática, lugar de construção do saber.
O papel que a escola deve assumir, juntamente com o professor, é o de promover oportunidades para a construção de novos saberes e para o conhecimento e aproximação de outras culturas. Em se tratando de ensino e aprendizagem de língua estrangeira (LE) a proximidade entre culturas torna-se ainda mais relevante. Nos novos tempos o avanço da tecnologia tem propiciado um estreitamento cada vez maior do contato entre os povos, e é preciso conhecer não somente a língua, mas também a cultura do outro.
Aprender uma língua-alvo significa familiarizar-se com outros modos de agir, pensar e comunicar-se. Entendemos que essa prática pode ser favorecida por uma abordagem comunicativa de ensino, cujo foco é a busca pela construção conjunta do conhecimento por meio da interação e da negociação de sentidos, de forma que a aprendizagem seja significativa ao aprendente. Ao refletirmos sobre procedimentos que viabilizem a implementação de um ensino comunicativo de acordo com as novas exigências da sociedade moderna, de forma que promova oportunidades para a construção do conhecimento por meio da interação e da negociação de sentidos, e que, ao mesmo tempo, possa contemplar a abordagem de múltiplas variedades linguísticas e culturais do idioma espanhol, parece-nos oportuna a inserção do cinema como recurso didático para esse fim. Embora o cinema possa configurar-se como um recurso didático eficiente para a implementação do ensino comunicativo de línguas, por seu caráter lúdico e por sua capacidade de promover maior envolvimento dos alunos na realização de atividades significativas, percebemos que seu uso ainda é bastante limitado no âmbito de ensino de língua estrangeira. Considerando essa lacuna, o objetivo desta pesquisa qualitativa, de base etnográfica, foi investigar o uso do filme Diários de Motocicleta como conteúdo didático no contexto de ensino de espanhol como língua estrangeira, tomando por base os pressupostos teóricos da aprendizagem significativa (GEE, 2004; RICHARDS, 2005; SAVIGNON, 2001). A análise dos dados, obtidos por meio de questionários, grupo focal e notas de campo, revela que o filme representa uma maneira eficaz de apresentar o insumo linguístico contextualizado, de envolver os alunos em atividades de interação e negociação de sentidos, de estimular o pensamento crítico e o conhecimento de mundo, além de contribuir significativamente para o desenvolvimento da autonomia do aluno como aprendente de línguas.
O Cinema para além do entretenimento: novas fontes para os estudos históricos
O surgimento das produções cinematográficas ocorreu entre fins do século XIX e o início do século XX e os historiadores da época logo tratam de definir os filmes como atrações de feira. Sendo assim não era louvável que o bom historiador tomasse como objeto de análise ou como fonte de pesquisa um produto que era considerado pelos intelectuais da época como um truque, uma falsificação, uma invenção humana. Naquele tempo a produção histórica ainda se valia do método positivista na pesquisa e ainda defendia o seguinte lema: eis minhas referências, minhas hipóteses e minhas provas, conforme comenta Marc Ferro em um texto de 1976.
O dia em que Freud foi ao cinema
Alguns historiadores e os jornais exprimem-se em adjetivos que vão de assombrados ao fascínio.
Méliès é dos mais entusiastas. Quer comprar os direitos da invenção para usá-la imediatamente.
Abel Gance encanta-se com as folhas de uma árvore balançando ao vento, esquecendo-se mesmo de ver bem na frente o vovô Lumiére e esposa alimentando o netinho.
Giovanni Papini escreve um breviário de estética cinematográfica, entusiasmado com as primeiras sessões.
O elo perdido
Guilherme de Almeida Prado, diretor e roteirista, nos faz uma proposta de reflexão sobre o diálogo, o “elo”, entre o cinema nacional e seu público, tão presente e atuante dos anos 30 aos anos 80, e no momento perdido, sobrecarregado e saturado pela filmografia estrangeira.
O que os interessados em fazer ou ver uma boa história devem começar a pensar para tentar reverter esse quadro?
O emprego da música já existente
Quem se dedica ao estudo da música cinematográfica logo se dá conta de instâncias em que o diretor dispensa o trabalho do compositor, e elabora sua trilha sonora a partir de material musical já existente, com vida autônoma. Nesta prática (da qual a história do cinema é pródiga em exemplos, alguns já clássicos), o diretor pode ou não recorrer à colaboração do músico (a primeira alternativa, porém, é muito menos comum que a segunda), pode ou não valer-se de música gravada, ou seja, pode utilizar a obra musical em gravações ou fazer gravá-la especialmente para a finalidade (e neste caso, a segunda hipótese é muito mais remota que a primeira).
O poder das imagens cinematográficas
O poder dos filmes como ferramenta de aprendizagem interdisciplinar neste artigo do site Planeta Educação, escrito pelo professor João Luís de Almeida Machado.
O Poder das Imagens Cinematográficas Filmes como ferramenta de aprendizagem interdisciplinar
O que é Interdisciplinaridade? À primeira vista o conceito de interdisciplinaridade refere-se à interação, encontro e relação de proximidade que se estabelece como modalidade de pensamento, estudo, reflexão e compreensão de mundo entre as diferentes disciplinas ou áreas do saber.
O que o cinema aprendeu com Edgar Allan Poe (E o que a literatura ainda aprende com o cinema)
GERBASE, Carlos
Este ensaio analisa os motivos da fascinação que Edgar Allan Poe exerce sobre o mundo do cinema, a partir de um ensaio do realizador e teórico Jean Epstein, publicado em 1921, e de reflexões mais recentes de Umberto Eco sobre traduções e adaptações.
O vídeo e sua linguagem
Neste artigo, Arlindo Machado, professor da PUC-SP e autor de diversos livros sobre o tema, chama a nossa atenção para a linguagem do vídeo como um todo. Nos mostra como essa linguagem se tornou somente veículo de transmissão do cinema e dos outros tantos processos de significação, perdendo seu objetivo primeiro.
“Mais recentemente, com a generalização da procura de uma linguagem específica, o vídeo deixa de ser concebido e praticado apenas como uma forma de registro e documentação, no sentido mais inocente dos termos, para ser encarado como um sistema de expressão, a partir do qual é possível forjar discursos sobre o real (e o irreal). Em outras palavras, o caráter textual, o caráter de escritura do vídeo se sobrepõe lentamente à sua função mais elementar de registro”.
Os intelectuais e o cinema revolucionário soviético
O objetivo desse trabalho é analisar a escola soviética de cinema político através dos cineastas Sergei Eisenstein e Dziga Vertov e seu primado da câmera-olho. Com a criação de uma escola de cinema estatal em 1919, surge os “intelectuais da revolução”, cineastas com propostas de uma arte revolucionária, na forma e conteúdo. Esses cineastas/intelectuais, ao organizar a realidade por meio do olho câmera também transforma a realidade criando um consenso sobre a visão de mundo que legitima o Estado Soviético. Neste sentido, se a cultura é um elemento homogeneizador das diferenças sociais, a
produção cinematográfica soviética pode ser entendida como um instrumento ideológico na construção do socialismo, cabendo a esses “intelectuais da revolução” um papel fundamental nesse processo.
Por: Gissele Viana Carvalho
O Projeto de Lei 7.032/10 prevê linguagens artísitcas separadas na educação básica: será o dim da polivalência?
O presente artigo tem por objetivo a problematização do projeto de lei 7032/10, o qual prevê alteração para a “indefinição” existente na palavra ‘arte’ contida na LDB 9394/96, através da inserção das nomenclaturas específicas das quatro linguagens artísticas e consequentemente sua obrigatoriedade. Para tal, vamos relembrar o surgimento dos cursos de Educação Artística e sua transformação em áreas específicas: Música, Dança, Teatro e Artes Visuais ao longo das últimas quatro décadas. Determinamos este marco devido à obrigatoriedade do Ensino da Arte na Educação Básica com a LDB 5692/71. Pretendemos, também, apresentar a quantidade atual de cursos de arte nas quatro linguagens artísticas e sua interferência no ensino de Arte. Para realizarmos essa pesquisa utilizamos
dados oriundos do MEC e de vários textos escritos por Ana Mae Barbosa e de outros teóricos que também escreveram a respeito do ensino da arte, tais como: Maria Cristina da Rosa Fonseca, Fernando Hernandez e Marilda Oliveira. Após análise e problematização do referido projeto de lei, constatamos que ele trará um benefícioimediato, após a sua transformação em lei, no que se refere à nomenclatura específica de quais linguagens deverão ser ensinadas nas aulas de Arte. No entanto, a sua efetivação demorará muitos anos para ser realizada, caso não haja mudanças profundas na quantidade de cursos de licenciatura em arte no Brasil e alterações na estrutura curricular na educação básica.
Pequena história dos periódicos de cinema no Brasil
O Brasil conhece publicações textuais seriadas sobre cinema desde fins do século XIX. Com raras exceções, as mais estáveis sempre estiveram atreladas ao processo de comercialização de filmes. No início atuavam como instrumento publicitário direto dos setores de exibição e distribuição. Com o tempo, esta função pareceu se diluir em projetos editoriais mais “independentes”, com caráter mais “jornalístico”, ou ainda em ondas de “nostalgia” por um passado perdido do cinema. A grande maioria dos periódicos cinematográficos brasileiros, querendo cumprir uma função mais propriamente jornalística, crítica e mesmo política junto ao mercado e mais amplamente junto à sociedade, nunca alcançou maior estabilidade editorial, salvo também raríssimas exceções. Quase sempre iniciativas não empresariais, ligadas a determinados indivíduos, instituições ou pequenos grupos, demonstraram escasso fôlego financeiro, circulação deficiente e resposta mínima do público. Muitas cumpriram um papel prioritariamente ideológico, atuando nas lutas internas do meio cinematográfico.
Por: Hernani Heffner. Publicado na Revista Filme Cultura.
Politizando com o cinema na escola
setor farmacêutico. Que, na realidade, nada tem de tão fictícias assim. Existem enquanto corporações estabelecidas, ricas, empreendedoras, ávidas por mercados maiores e lucratividade crescente. Empresas que têm sua dinâmica de funcionamento descrita de forma aproximada a partir de produções fílmicas como The Corporation (2004, de Jennifer Abbot e Mike Achbar) e O Informante (2000, de Michael Mann).
Por que cinema na escola?
O presente artigo discorre, rapidamente, pelos inúmeras razões, encontradas pelo autor, João Luís Almeida Machado, editor do site Planeta Educação, para o uso pedagógico do cinema.
A partir de descobertas, sensações, debates acalorados, mudança de posturas e opiniões, catarses, as pessoas se deixam levar por essa magia expressa na grande tela. Então, por que não utilizar essas histórias incríveis para ensinar nossos alunos?
Usando as palavras do autor: “Por que Cinema na Escola? Se pudesse simplificar, diria apenas que é porque amo tanto o cinema e a escola, que quis conceber um encontro definitivo entre essas duas paixões de minha vida... E também pelo fato de que acredito, sinceramente, que a arte e a educação precisam tanto uma da outra quanto nós precisamos de oxigênio ou de água... “.
Possibilidades do Cinema no Ensino Fundamental
Há alguns meses concedi entrevista para a revista da Saraiva sobre o uso de filmes na escola entre o público escolar, mais precisamente quanto aos estudantes do Ensino Fundamental. Resgato estas perguntas e respostas pensando em ampliar a discussão através da web, pelo portal Planeta Educação, sobre a importância e as possibilidades de uso dos filmes na escola.
Práticas de leitura virtual: análise de um texto fílmico
O objetivo principal desse artigo é descrever um recorte teórico de uma tese de doutorado, em andamento, com as reflexões sobre a contribuição do trabalho com a leitura de filmes na sala de aula para a formação de leitores. Não queremos tecer críticas e nem apontar o caminho para o “pote de ouro”, mas mostrar aspectos sobre novas possibilidades de leitura de textos audiovisuais na sala de aula, principalmente o texto fílmico, que, de um modo geral, boa parte de alunos, pais e professores tem afinidade.
O trabalho está centrado nas abordagens sobre letramento digital (Coscarelli, 2005), e inteligência coletiva (Lévy, 2010), entre outros. Na interface das teorias com a leitura de um filme específico procuramos mostrar a aplicabilidade das teorias nesse texto visando a um trabalho interativo entre aluno-texto na produção de sentido. Consideramos essas reflexões enriquecedoras e que podem suscitar discussões produtivas no campo dos estudos linguísticos.
Principais compositores de música para cinema
Principais compositores de música para cinema.
Princípios de cinematografia
O termo cinematografia vem de “cinematógrafo”, aparelho desenvolvido pelos irmãos Auguste e Louis Lumière na França, para projeção de imagens em movimento, e que coincidentemente ficou conhecido como cinema. O termo é usado nos EUA como sinônimo de ‘fotografia para cinema’, uma vez que a cinematografia subentende a captação de uma imagem cinematográfica, cuja técnica é de responsabilidade da equipe de fotografia. Entretanto, o termo aqui no Brasil tende a ser mais amplo, envolvendo todas as funções do cinema.
Processos de Finalização em Cinema
Mas, a realidade brasileira ainda não comporta todas as facilidades e vantagens destes processos híbridos, em parte porque não temos uma indústria que sustente a produção autônoma, e consequentemente, não temos concorrência comercial que permitiria o barateamento imediato de diversos processos. Mas existe uma tendência mundial que converge para o suporte eletrônico da imagem, pelo custo, questões ambientais e facilidades que os processos digitais oferecem, e que em algum tempo haverá de tornar a película fotográfica e cinematográfica restrita a pequenos grupos ou artesãos especializados.
Mas então, por qual motivo a película ainda é utilizada?
Refletindo sobre a linguagem cinematográfica
Cinema é espetáculo. Ou seja, tudo o que chama a atenção, atrai e prende o olhar. Se não, não é cinema, na sua mais pura acepção. O cinema criou os grandes planos e as panorâmicas e, da mesma
forma, espetacularizou o ínfimo, o detalhe, com tal nitidez e de uma forma tal, que nenhuma outra linguagem é capaz de criar. Revela até o que, perfeitamente presente, é apenas pressentido, não se
ouve, nem se vê. “O espectador identifica-se, pois, menos com o representado – o próprio espetáculo – do que com aquilo que anima ou encena o espetáculo, do que com aquilo que não é visível, mas faz ver, faz ver a partir do mover que o anima – obrigando-o a ver aquilo que ele, espectador, vê, sendo esta decerto a função assegurada ao lugar (variável – de posições sucessivas) da câmera”2. O cinema seria, então, o espetáculo visto, proposto pela câmera, numa revelação direta olho e máquina.
Refletindo sobre a linguagem cinematográfica
"Apreender o que os filmes dizem e o que cada espectador, ao ver o filme, quer dizer, talvez seja a experiência educativa mais profunda que o cinema possa proporcionar." A partir desse direcionamento, Laura Maria Coutinho faz uma reflexão sobre o uso da linguagem pelo cinema, da linguagem não verbal, feita de imagens e sons, plena de significados, e que conta uma história ao espectador, mesmo sem pré-requisitos.
Reflexões Artísticas e Educacionais acerca da Ação Docente no Processo de Produção-Formação em Artes O artigo visa abordar reflexões sobre ensino/aprendizagem no âmbito da produção de imagens digitais, considerando a ação profissional no processo de produção-formação com base nas idéias de Schön (2000) e Freire (2004).
Para tanto utilizamos como metodologia a observação feita a partir da
realização do curso com alunos recém-ingressos na Universidade Federal do Ceará, o qual consistiu em trabalhar com os estudantes tecnologias digitais na produção de imagens. O estudo mostrou que o professor pode promover a ação reflexiva no aluno através do uso de tecnologias nas atividades de modo a valorizar a fotografia, desenho, vídeo enquanto registro histórico educativo e cultural.
Relações híbridas entre a linguagem dos quadrinhos e cinema na obra cinematográfica de José Mojica
No início da década de 50, surge a primeira tentativa de produção cinematográfica nacional em escala industrial, baseada nos moldes do cinema norte-americano, através da fundação da Companhia Vera Cruz. A tentativa da companhia era romper o bloqueio de um mercado dominado por produtoras estrangeiras que imprimiam em seus filmes a marca da boa qualidade técnica e características temáticas médias próprias para o entretenimento familiar.
Representação do Analfabeto no Filme Central do Brasil
CAMARGO, Fabiola Helena de
O presente trabalho apresenta uma análise da maneira pela qual o analfabeto é representado em enunciados proferidos pelas personagens que ocupam a posição-sujeito professor, no filme Central do Brasil (1998), de Walter Salles. O foco principal da análise recairá sobre as relações de poder presentes e construídas através do discurso de Dora, uma das professoras, no que diz respeito à relação entre o analfabeto com o mundo letrado. A análise objetiva destacar os elementos presentes na materialidade do discurso das personagens e observar como se dá a produção de sentidos construídos na cena.
Palavras-chave: Discurso. Posição-sujeito. Analfabeto. Relações de poder. Cinema. Filmes. Central do Brasil. Intertextualidade. Walter Salles.
Resenha cinematográfica: um gênero textual para o ensino de Língua Portuguesa na abordagem do Inter
O trabalho com gêneros textuais é de grande importância para a disciplina de Língua Portuguesa, bem como para todas as outras, pois auxilia o aluno a compreender as intenções dos diversos textos que lhe são ofertados, bem como a desenvolver o olhar e a leitura crítica.
Neste artigo, o leitor tem condições de conhecer um pouco mais sobre o gênero resenha, com foco para a resenha cinematográfica, o que pode ser trabalhado com os alunos antes/depois da exibição de filmes.
Respeite seu público... Utilize apenas filmes adequados à faixa etária de seus alunos
Questão bastante delicada esta a da seleção de filmes adequados à faixa etária dos alunos com os quais trabalhamos. Fácil de resolver se atentarmos à indicação etária dos filmes contida nas embalagens dos DVDs ou das fitas VHS. Difícil na cabeça de alguns professores, que não veem nada de mais problemático naquela comédia, drama, épico ou policial... Há, apenas, uma cena de nudez, algumas referências ao sexo, agressões ou uso de drogas apresentadas de forma bastante sutil e moderada.
Tessituras Híbridas e Alegorias da História no Romance e no Filme Memórias do Cárcere
A partir da premissa de que, em obras ficcionais, a materialização do real refere-se ao processo de composição artificial da narrativa, no qual estão imbricados forma e conteúdo, neste artigo analisa-se como a realidade social é materializada no romance de Graciliano Ramos, Memórias do Cárcere (1953), bem como na tradução fílmica deste, por Nelson Pereira dos Santos, em 1984. Logo, considera-se que a construção ficcional da memória funciona dentro de uma composição, já que, em arte, não existe uma realidade pura, uma vez que, em textos ficcionais, tudo é imitação conforme concepção de mimesis em Aristóteles –, mesmo quando esta realidade encontra-se no campo ideológico e, portanto, materializa-se como Realismo Crítico. Ou seja, a exemplo do dramaturgo, teórico e poeta da revolução russa, Vladimir Maiakovski, e do poeta, dramaturgo e teórico teatral Berthold Brecht, Graciliano Ramos acreditava no poder do discurso artístico como um espaço para a crítica política e social, capaz de transformar a consciência e a ação do público/leitor em relação à sociedade na qual este estivesse inserido. À vista disso, Graciliano se torna um dos maiores expoentes da segunda fase do Modernismo Brasileiro, o qual inspira, inclusive, cineastas do Cinema Novo brasileiro que comungam desta crença do poder da dialética da arte, a exemplo de Nelson Pereira dos Santos. Assim, entendendo que a produção literária ou fílmica – enquanto Arte da Memória
– coloca em movimento a transformação alegórica do tempo, reflete-se sobre a seleção que Graciliano Ramos fez de suas memórias – que encontram na ficção literária o local para a representação do
cárcere por ele vivenciado –, como também das memórias que Nelson Pereira dos Santos selecionou do texto de Graciliano e do contexto político e social no qual este cineasta estava inserido, para materializar estas memórias em cinema.
Truffaut, Godard e a Nouvelle Vague
Embora a Nouvelle Vague tenha surgido com o filme Nas Garras do Vício (1958), do diretor Claude Chabrol, o movimento francês se concretizou com os clássicos Os Incompreendidos (1959), de François Truffaut, e O Acossado (1960), de Jean-Luc Godard.
Um diálogo de surdos - Reflexões a partir de "Não quero falar sobre isso agora"
Este artigo, escrito por José Geraldo Couto, repórter da Folha de São Paulo e autor dos livros “André Breton” e “Brasil: anos 60”, traz novamente a temática do cinema brasileiro, seus percalços e conquistas.
Couto trata o fazer cinematográfico, no Brasil, como algo difícil de emplacar, pois os filmes nacionais não são mostrados aos brasileiros, e as salas de cinema estão comprometidas com as grandes produtoras norteamericanas.
Uma estética da fome
“Tese apresentada durante as discussões em torno do Cinema Novo, por ocasião da retrospectiva realizada na Resenha do Cinema Latino-Americano em Gênova, janeiro de 1965, sob o patrocínio da Columnum. O tema proposto pelo Secretário Aldo Vigano foi Cinema Novo e Cinema Mundial. Contingências especiais forçaram a modificação: o paternalismo europeu em relação ao Terceiro Mundo - já verificados nos contatos com a África - foi o principal motivo da mudança de tom”.
Leitura interessante para o professor que quer trabalhar de forma interdisciplinar (História, Geografia, Artes, Língua Portuguesa, Literatura) e ter maiores informações sobre o movimento brasileiro do Cinema Novo e sua linguagem inovadora, a partir dos anos 50.
Uma leitura literária e fílmica de "Lavoura Arcaica"
Na perspectiva dos Estudos Culturais, promove-se uma reflexão sobre a possibilidade de leitura do discurso literário e fílmico de Lavoura Arcaica, respectivamente, de Raduan Nassar e Luiz Fernando Carvalho, a partir de estudos dos textos Marxismo e Filosofia da Linguagem (1997), de Mikhail Bakhtin e a Identidade Cultural na Pós-Modernidade (2002), de Stuart Hall. Tal estudo objetiva verificar a palavra como geradora de conflitos entre pai e filho e de como a palavra atua como formadora e/ou transformadora da identidade de ambos.
Uma Mentira minha vale por dez verdades tuas: A montagem cinematográfica na Literatura de Valêncio X
Este trabalho discute a produção literária de Valêncio Xavier (1933-2008). Nascido em São Paulo e radicado em Curitiba, o artista atuou como cineasta, jornalista e escritor. Seus livros apresentam desafios aos padrões narrativos e questionam os limites da escrita literária e historiográfica. Busco problematizar duas de suas obras, O mez da grippe (1981) e Maciste no inferno (1983), pois recorrem a recursos de montagem cinematográfica para representar um tipo bastante peculiar de verossimilhança. Nas obras de Valêncio, são utilizados recursos de colagem de obras pré-existentes, como jornais impressos e cenas de filme, se apropriando de fatos verídicos para criar ficção literária. Os livros em questão apresentam diálogos com a teoria de montagem do cineasta Sergei Eisenstein, segundo o qual através da junção de fragmentos dotados de sentido próprio é possível obter diferentes sentidos que são organizados pelo autor.
Valores educacionais do cinema
Neste artigo, a professora, escritora e jornalista, Theresa Catharina de Góes Campos, fala sobre os valores educacionais que o professor pode passar, ao seu aluno, por meio da utilização de filmes. Destaca que, como tudo na vida, o cinema também requer bom senso do educador, assim como uma boa preparação da aula, para que consiga o resultado pretendido.
Discute, ainda, uma possível “idade mínima” para que o aluno assista a um determinado filme, com determinada temática. Boa oportunidade para reflexão!
Valores educacionais do cinema II
Neste artigo, Theresa Catharina, escritora e professora universitária, de Brasília-DF, tenta nos mostrar o precioso auxílio que o cinema, por meio de suas adaptações, linguagem, formas e estilos, pode nos dar para o trabalho pedagógico.
"O cinema é uma escola de costumes, fato este comprovado pelo comportamento da juventude: modas, atitudes e preferências. Por que não utilizá-lo para debates e conversas? Por que não considerá-lo um instrumento valioso de educação?"
Vidas Secas: Da Literatura ao Cinema uma reflexão sobre suas possibilidades educativas
Este trabalho, de caráter bibliográfico, busca desvelar as possibilidades educativas de filmes do Cinema Nacional produzidos a partir da Literatura Brasileira, argumentando que podem ser utilizados como recurso didático tecnológico audiovisual, para desenvolver a consciência crítica dos alunos e
a cidadania. Assim, seleciona o filme Vidas Secas, para demonstrar algumas das possibilidades de utilização no campo educativo.
Vídeo em sala de aula e História
(O Uso do Vídeo em Sala de Aula como Recurso Didático Facilitador para o Aprendizado de História).
Nosso educador encontrará, neste artigo escrito pela professora Lourimar Teresinha Moreira Brandão, publicado no sítio do Governo de Estado do Mato Grosso do Sul, “Educação para o sucesso”, mais um incentivo para trabalhar com o vídeo, de forma geral, em sala de aula.
Lourimar passa muitas dicas de como esse trabalho deve ser desenvolvido, implementado e cobrado dos alunos, fazendo sugestões de atividades e de filmes que retratam aspectos históricos do Brasil e do mundo. “(...)Em tempos de pós-modernidade, onde as informações se processam de maneira acelerada, é inegável a contribuição da tecnologia na sala de aula na medida em que esta altera as formas de pensamento e de expressão, onde a imagem é um ícone extremamente relevante”.
Vídeo nos anos 90
Ivana Bentes, crítica de cinema do suplemento "Ideias", do Jornal do Brasil, aponta a aproximação e a diferenciação entre cinema-TV-vídeo. Estabelece uma reflexão sobre as possibilidades de conhecimento e entendimento de fatos históricos e memória histórica por meio da utilização do vídeos e do audiovisual em geral.